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domingo, 11 de março de 2012

Da sanidade


Todo dia eu questiono a minha sanidade.

Eu tinha uma amiga que ficava extremamente ofendida se alguém perguntasse se ela era doida. Uma pergunta do tipo “Não vou fazer isso, tu é doida?” era motivo pra ela fechar a cara. Bobagens à parte, no sentido de não saber interpretar uma expressão coloquial, – afinal de contas, duvido que as pessoas partam do pressuposto que os interlocutores são, na verdade, mentecaptos, quando assim indagam – eu gostaria de responder, sempre que possível, sim.

Não de possuir um distúrbio psicológico que realmente atrapalhe o andamento da minha vida (apesar de eu possuir certo fascínio pelos loucos – herdei da minha mãe), mas eu não quero acordar um dia e descobrir que eu sou uma pessoa “normal”. Da que vive pra comer. Da que acorda pra trabalhar pra poder dormir pra poder acordar pra trabalhar. Ah não.

Ser nerd e estudante de computação me põe na cabeça das pessoas como um robô. Acham esquisito que eu tenha medos, que eu tenha alguma fé, que eu seja um ser orientado pela paixão. Eu tenho e sou tudo isso. E eu tento expressar do jeito que consigo. Aliás, paixão é o impulso desse mundo. Mas isso fica pra outro texto, um de comida, provavelmente.

Todo dia eu questiono minha sanidade e eu espero nunca perder essa dúvida.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Do dia das mulheres


Essa moça tá diferente.

Ela é dura na queda, tem tatuagem e faz cinema.
É a mulher de cada porto. É Ana de Amsterdam e é Geni.
É Rita, Januária, Iracema, Madalena, Cecília e Lígia.
A moça do sonho é dançarina. É Carolina. É açúcar e é afeto.
Me acorda, me espera, me aperta até sufocar.

E é a mais bonita.

Parabéns, meninas.