Não tinha ressaca, só
cansaço. Frio. Agito na casa, um pouco de correria. A obrigação
moral que assumi de alimentar os amigos bateu e corri pra cozinha,
fazer a última refeição, de tantas, tão divertidas. Tudo pronto e
partimos. No megafone, o último suspiro - “Desculpa,
Guaramiranga!”.
A viagem de volta foi
tranquila. Trânsito mesmo, só na entrada da cidade. Desarrumar as
malas e descansar, mas não sem antes relembrar, com os amigos, os
momentos engraçados.
Encontro uma amiga que
há muito não via pra tomar um café e ela descobre, um pouco mais
tarde, que a tia tinha acabado de falecer. Fulminante. Conversamos
sobre a falta de preparo que a nossa cultura tem com a morte e ela
vai pra casa, quando se acalma.
Fome e preguiça. Ligo a uma amiga e a convido a comer alguma coisa, só pra não ir só. Comemos
um pastel que alimentaria uma família e nos despedimos, por fim, do
feriado.
Em casa, mais momentos
de saudosismo. Risadas. O cansaço incomoda e a solidão também.
Banheiro limpo, cama confortável, silêncio. Tudo isso é estranho.
Tento dormir. Levanto pra ir beber água incontáveis vezes à noite,
me acordando sempre em uma posição estranha. As últimas noites de
sono duraram, em média, 4 ou 5 horas, mas os dias eram longos e
havia sempre muita disposição. Essa noite, que durou umas 10, numa
cama enorme e com essa falta de barulho, foi insuportavelmente
cansativa e eu acordei um caco.
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