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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Da DPC


Não tinha ressaca, só cansaço. Frio. Agito na casa, um pouco de correria. A obrigação moral que assumi de alimentar os amigos bateu e corri pra cozinha, fazer a última refeição, de tantas, tão divertidas. Tudo pronto e partimos. No megafone, o último suspiro - “Desculpa, Guaramiranga!”.

A viagem de volta foi tranquila. Trânsito mesmo, só na entrada da cidade. Desarrumar as malas e descansar, mas não sem antes relembrar, com os amigos, os momentos engraçados.

Encontro uma amiga que há muito não via pra tomar um café e ela descobre, um pouco mais tarde, que a tia tinha acabado de falecer. Fulminante. Conversamos sobre a falta de preparo que a nossa cultura tem com a morte e ela vai pra casa, quando se acalma.

Fome e preguiça. Ligo a uma amiga e a convido a comer alguma coisa, só pra não ir só. Comemos um pastel que alimentaria uma família e nos despedimos, por fim, do feriado.

Em casa, mais momentos de saudosismo. Risadas. O cansaço incomoda e a solidão também. Banheiro limpo, cama confortável, silêncio. Tudo isso é estranho. Tento dormir. Levanto pra ir beber água incontáveis vezes à noite, me acordando sempre em uma posição estranha. As últimas noites de sono duraram, em média, 4 ou 5 horas, mas os dias eram longos e havia sempre muita disposição. Essa noite, que durou umas 10, numa cama enorme e com essa falta de barulho, foi insuportavelmente cansativa e eu acordei um caco.

Esse foi o melhor destes feriados que já passei e para tanto, bastou estar entre amigos, antigos ou não. Hoje, de volta à rotina, bate a depressão pós carnaval.


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